sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Agora é show

Seja qual for o papel que as bandas e respectivos artistas têm hoje em dia, a parte musical foi bem representada nesse final de semana, lá na praça Sérgio Pacheco.


Lembrando que no sábado, as bandas que se apresentaram tinham uma característica de som mais pesado, faziam parte da 4ª edição do festival Udirock.

Vamos falar de algumas bandas desse dia.


Bandas como A170, No Defeat, Animais na Pista e Krow, cada uma na sua vertente hard core, exemplificaram bem o que vem sendo produzido dentro da cidade nessa dimensão.


Vale aqui fazer observações dessa última citada, que já há algum tempo se apresenta em eventos do underground de Uberlândia. A galera do Animais acabou sendo uma surpresa boa em cima do palco. Grande quantidade de pessoas que já conheciam o som do trio, ferviam o pogo.


Observações também para a banda Esquiva, também de Uberlândia. Os meninos não deixaram a banda se apegar às novas tendências batidas de hoje em dia e abusaram muito bem das quebradas e nuances dentro das composições.


Pra terminar os comentários sobre sábado, outra duas bandas que chamaram a atenção foi Severa (BH), que lembrou muito em palco, até mesmo pela formação, o Patife Band. No entanto, essa semelhança seria maior se eles trouxessem um pouco mais do tereco-teco desconcertante de Paulo Barnabé.










E no domingo foi outra história...






Como é de praxe do Festival Arte na Praça, o repertório foi mais que variado.

Incluídos na programação e substituindo a galera do Dom Capaz, Killer Klows, também da cidade, abriram a festa que contou com convidados representantes da música feita de norte a sul.



A Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia (PR), pode representar bem essa miscelânia musical. Banda que veio de Maringá pra incitar em seu rock n´ roll 90 algumas críticas contemporâneas. Ganharam os ouvidos da galera!




E pra provar pra galera do sul que o Acre existe, Los Porongas (AC-SP), banda originária de terras amazônicas, se apresentaram no mesmo dia.





A galera compensou o pequeno atraso com um show que desmostrou o alívio e tesão de estarem aqui na terrinha, tocando para um público que cresce a cada show e engrossa o coro das apresentações que vêm fazendo na cidade.




Made in Brazil (SP)
deu fim a noite de apresentações. A banda mais esperada, aglomerou um grande número de fãs, inclusive de outras cidades que vieram para conferir a apresentação das lendas do rock n´ roll, os irmãos Oswaldo e Celso Vecchione.









fotos : Luana Magrela

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mais arte independente..


fotos: Luana Magrela

Uberlândia tem se mostrado cada vez mais centro ativo da divulgação das bandas e dos processos de autogestão, que hoje, dentro do processo cultural têm se mostrado como o método mais eficiente para expandir a consciência da cultura sustentável.


Lembrando que nossa cidade é tida como um dos principais locais onde a arte independente se desenvolve, vários agentes e fatores contribuem para que essa característica esteja não só no fenótipo de nossa cena, mas que também faça parte composição de suas entranhas.
Seguido da Jambolada e da II Mostra Perpendicular de Cinema Independente que aconteceram na cidade, o festival UdiRock, em parceria com o Festival Arte na Praça fecharam o ano mostrando que muita coisa vem por aí.
Não só os shows que aconteceram na praça, mas as construções que puderam ser encaminhadas, assim como as experiências que puderam ser trocadas durante as mesas-redondas e debates, nos deixam esperando por isso. O que parece é que cada vez mais a cena que se estabelece não só aqui em Uberlândia, mas nos pontos onde se desenvolve a cultura independente, estão mantendo a metalinguagem em busca de uma consolidação que a caracterize não só como um movimento que partiu da música e para música, mas também como algo, agente transformador, que emana da própria produção artística.
Aconteceu então, na sexta, uma mesa-redonda sobre a Indústria Cultural e o surgimento da Arte Independente. O mais legal, é que essa mesa-redonda tomou certa cara de oficina e fomos logo tirando alguns encaminhamentos de lá. Esse bate-papo foi o primeiro de uma série de debates sobre produção e gestão cultural que serão desenvolvidos durante o ano que vem pela Dicult, principalmente pelo Arte na Praça, tendo como parceiro, o Tamboril.
Por isso, durante os diálogos vimos o quão interessante poderia ser a abertura de um grupo de estudo, pesquisa e análise referente à cultura contemporânea e sua sustentabilidade. Esse foi o primeiro ponto encaminhado, trata-se de algo embrionário, mas que com certeza em breve estará contribuindo para a aplicação e desenvolvimento de projetos culturais dentro de nossa cidade.



Já na segunda-feira, fazendo parte do Festival Arte na Praça, participamos de um debate sobre Arte Independente e Economia Solidária. Na mesa, integrantes de várias frentes pró-cultura, Goma, Dicult-PROEX/UFU, Incubadora de Empreendimentos Solidários – PROEX/UFU, Arte na Praça, Tamboril, além da participação de Diogo Soares da banda Los Porongas que nasceu no Acre, dando seu depoimento sobre a gestão de sua banda.


Esses debates promovidos por iniciativa do Festival Arte na Praça são os primeiros dentro do ciclo de debates e oficinas Diálogo Vivo – Música em Processo: Criação e Produção.


Portanto, já dá pra sentir o quanto o ano que vem promete, se não em desenvolvimento dimensional, pelo menos em construção de base para as mais variadas ações culturais que estão se proliferando.
Por isso, os alunos da UFU, assim como as pessoas e entidades interessadas em participar das discussões, podem se sentir à vontade em participar dessas reuniões. Seu horário e formatação serão divulgados em breve aqui no blog, mas já fica aqui o convite, para que as idéias já sejam captadas.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Domingo na Praça!!




Hoje tem arte na Festival Arte na Praça!

A programação tem início hoje, na Praça Sérgio Pacheco, conectado ao Festival UdiRock.

Quem quiser conferir mais sobre as bandas e o restante da programação (que segue até segunda-feira), dá uma passadinha lá no site: http://festivalartenapraca.blogspot.com/

e em breve fotos e comentários aqui!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Hoje tem Rockz!!!

Começa hoje as apresentações musicais do Udirock!

Mantendo a tradição do festival, o primeiro dia de shows contempla bandas com mais som mais pesado, mas todas com características próprias. Vale muito a pena conferir!

Lembrando que o festival acontece em conexão com o Arte na Praça, grande parceiro em meio as agitações culturais!

O Tamboril, também nessa parceria, também estará por lá tacando as idéias...

Então taí a programação de hoje!!

4º Festival UDIROCK!
12/12/2009
Local_ Praça Sérgio Pacheco
Horário_ 14:00


20:10 Moretools (DF)
www.myspace.com/moretools

18:30 Severa (BH)
www.myspace.com/severabh

17:00 Animais na Pista

16:15 Soul Stone
15:30 Esquiva
15:45 No Deafat
e let´s rock!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Festival UdiRock começa essa semana!!


E tem mais movimentação independente na cidade... e o Tamboril apóia!!!



Acontece durante os dias 10 a 13 de dezembro o UdiRock Cene. O festival que já acontece há 4 anos, esse ano inicia com um ciclo de debates e oficinas. Lembrando a todos que sempre é muito importante que o público particpe dessas discussões construtivas, pois só a partir do diálogo poderemos cada vez mais fortalecer a cena da Cultura Independente dentro de nossa cidade e assim contribuir para sua difusão Brasil a fora.



Os shows ficam pro dia 12 e 13, começando as 14h e as 13h respectivamente. Entre as atrações, Dissidente (UDI), U-Ganga (UDI), Los Porongas (AC) e Made in Brazil (SP).



Todo mundo lá na Praça Sérgio Pacheco!

Confira a programação completa no site!


http://udirock.blogspot.com/




sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Como a gente trabalha assim???


Ontem, as 17h e uns quebrados, aconteceu uma Assembléia, organizada pelo DCE da UFU, na qual a pauta seria a proibição da venda da cerveja durante as nossas já conhecidas festinhas universitárias. Como resultado, observamos que tal medida acarreta efeitos muito mais arraigados, afetando tanto o público quanto o agente cultural.


Dessa maneira, não poderíamos deixar de nos manifestar em palavras e em atos.


Hoje, portanto, aliado as demais entidades que não concordam com tal sanção, o Tamboril participará da manifestação contra tal proibição e quanto mais pessoas preocupadas com os rumos que essas restrições acarretarão estiverem presentes, mais corpo representativo daremos a nossa indignação.



Compareçam... hoje a partir das 12h30... aonde?


ah, vcs vão saber...




.:MANIFESTO CONTRA A PROIBIÇÃO DO COMÉRCIO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NO CAMPI DA UFU:.


A proibição do comércio de bebida alcoólicas no campi da UFU já é algo sabido por todos nós estudantes que consideramos os eventos e confraternizações como uma extensão da experiência acadêmica não só em questão de entretenimento, mas principalmente no sentido da sociabilização e da vivência em grupo, tão prezada nos dias de hoje. É também algo sentido por aqueles que têm a comercialização de bebidas nesses espaços como principal fonte para reprodução de suas atividades.

DA´s, CA´s, DCE e agentes culturais de maneira geral se veem impossibilitados de realizar esse comércio durante seus eventos. Mais do que se vender cerveja, essa é a principal alternativa que serve de base para que várias dimensões de seus planejamentos enquanto entidade representativa, sejam configuradas. O que temos aqui é portanto um estrangulamento da nossa capacidade de poder dar base a essas representações.


A cerveja é tida como o principal combustível de atos violentos, ilícitos, que sejam até vexaminosos. No entanto, tal argumento pode ser contraposto se seu viés estiver orientado por uma mera especulação generalizante. Portanto, tal perspectiva barra a possibilidade tanto do entretenimento, informação e formação cultural de uma parcela da população universitária que não se encaixa dentro desse breve diagnóstico. Soma-se a isso, a abertura para indagarmos sobre a segurança dentro do campi. Será o consumo de álcool elevado demais a ponto de transgredir extensivamente a personalidade dos alunos participantes dos eventos, ou seria de menos a segurança, prevenção e conscientização voltada nesse âmbito? Devemos levar em consideração que a população que nada tem em relação a esses resultados (e que buscam no ambiente universitário um local que transcenda a já institucionalizada aprendizagem para o trabalho) não quer e não deve ser prejudicada em tais circunstâncias. Cabe aqui citarmos o fato de que para a grande maioria das pessoas, os anos dentro de uma Universidade são os principais para a formação de suas experiências ao longo da vida. O que seriam dessas experiências se não fosse a possibilidade de integração tanto com o espaço quanto com os indivíduos que dentro dele perpassam? Trataria-se portanto do esvaziamento da vida social e da transgressão do direito, que nós cidadão democráticos , temos de compartilhar e expressar nossas ideias.

Medida como esta, desconsidera também o choque desestimulante que tal proibição acarreta nessa sociabilização universitária, podendo até mesmo parecer a olhos conspiratórios, esse o seu próprio objetivo. A Universidade, pelo próprio termo que lhe é fundante, tem como prerrogativa essencial fomentar a integração e a interdisciplinaridade dentro da vivência acadêmica dos alunos. Além disso cabe a ela, como instituição de ensino superior, dar base para que os alunos vislumbrem os caminhos da vida profissional. Por isso, outro grupo igualmente atingido pela marginalização do ambiente de entretenimento são os artistas. Estes poderiam ter nesses espaços a abertura para a divulgação de seus trabalhos, e mais que isso, o estabelecimento de atividades que contribuiriam como laboratório de profissionalização do contingente artístico formado anualmente dentro da Universidade através dos Cursos de Artes Plásticas e Visuais, Música, Teatro além dos outros cursos que desenvolvem pesquisas relacionadas à cultura e comunicação social. Uma vez combatido o estímulo primeiro da participação do público nessas atividades, implicam-se efeitos também a toda atividade que tem como objetivo a fruição da cultura sustentável. Priva-se portanto os artistas e os grupos de ação cultural e social não só de receberem os olhares da comunidade (nem que sejam os de curiosidade), mas também contribui de maneira negativa, fazendo com que esse mesmo público fique descontextualizado em relação à produção artística de dentro da Universidade e da cidade. Tira-se o indivíduo do contexto do qual ele próprio faz parte. O artista é barrado ao produzir e ao querer se sustentar dentro de sua cadeia produtiva ao mesmo tempo em que o público é desestimulado a consumir cultura e simultaneamente acessibilidade à informação.


Com certeza tratamos nesse ponto de uma questão estruturante, relativa a conscientização das pessoas a respeito do que cada um entende por cultura. No entanto, não é tempo de se discutir tais questões, apenas de reconhecer que essa proibição brota de uma observação generalizante e afeta muito mais vertentes do que podemos em um primeiro momento constatar. Afeta primordialmente o nosso direito de sociabilização dentro de um espaço público. Por mais que o consumo/comércio de álcool seja considerado com catalisador de ações negativas por aqueles aqueles que o ingere, ainda assim não é considerado uma droga proibida ou restringida em outros espaços de sociabilização pública. Além do mais, até não que não se consiga transformar a consciência que atrela o álcool ao entretenimento , a autonomia de entidades e grupos é desintegrada uma vez que dependem de tais recursos para consolidarem seu sustento.
Entendemos que não é proibindo a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas que consecutivamente serão execrados as tragédias sociais que permeiam todas as dimensões de nossa vida moderna. A conscientização poucas vezes se estruturou a partir de medidas proibitivas, ainda mais quando estas são formuladas de maneira unilateral.


Seja qual for o sentido que daremos a esse fato, devemos como essência ter em mente que a deterioração desses espaços prejudica primeiramente a possibilidade que nós, estudantes universitários, mas acima de tudo cidadãos dentro de uma democracia (seja ela para o bem ou para o mal) temos de expandir nosso grau de sociabilidade, integração e identidade.
Fica manifestada aqui, portanto, nossa incompreensão, pois até que seja provado o contrário, entendemos que a Universidade, como instituição pautada dentro de um sistema democrático, deve atender as demandas daqueles que ela tem como obrigação representar, não só pelo fato de manter em dia os direitos e a satisfação do público a qual se dirige, mas principalmente porque essa é a principal função que lhe dá legitimidade institucional dentro dos parâmetros Constitucionais. Estamos cientes e sedentos por uma solução que não seja excludente, nem desagregadora e que muito menos, lance à Cultura seus resultados negativos.




Dessa forma, limitamo-nos ao exposto.
Uberlândia-MG, 03 de dezembro de 2009