Não ter o que fazer muitas vezes colabora para que a gente veja o tanto que há ainda para se fazer.
Ocorreu nesses dias de descanso uma afirmação em horário nobre: - passamos por um vazio cultural...
Passamos?
“Nem saia às ruas em busca dos teatros, cinemas, bibliotecas, casas de show, pois não vai ter nada.”
Quantos no Brasil sabem o que é cultura (sim, valorativamente falando!)? Não é difícil perceber que a resposta a essa pergunte responde indiretamente a outra.
- Não sei o que é. Serve samba, carnaval, futebol e mulher bonita? O resto tá vazio mesmo, melhor é ficar em casa orkutando fofoca de novela.
- Não sei o que é. Serve samba, carnaval, futebol e mulher bonita? O resto tá vazio mesmo, melhor é ficar em casa orkutando fofoca de novela.
Constatar status quo já deveria ter saído de linha...
Essa afirmação responde alguma coisa, ou é essa coisa que responde a afirmação?
Nessa, o conforto se multiplica, toma conta de tudo, mata-se e morrem os poetas (que se tiverem sorte transformam-se em estátuas míopes – não por opção, mas por cultura mesmo) enquanto lúdicos e utópicos definham por entre os artistas incompreendidos.
Mas fica uma parcelinha de gente pensando:
- O que fazer da cultura?
- O que fazer da cultura?
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